Julie Redstone
3 de Maio de 2011
O coração humano existe na beleza e na limitação. Sua beleza está no fato de que é capaz de grande amor, grande ternura e vulnerabilidade. E a limitação reside no mesmo fato. Entretanto, a limitação de hoje é a expansão de amanhã, quando o coração começa a sentir um amor maior movendo-se dentro de si mesmo, e quando ele desperta mais plenamente para o seu próprio poder de expressão. O amor que o coração humano busca para satisfazer os seus desejos e manter sob controle o sentimento de solidão que existiria sem ele – tal amor é somente uma pequena parcela do que o coração humano é capaz. Devido a sua necessidade de autoproteção, e porque ele se percebe como pequeno, quando na verdade é muito grande, o coração humano se agarra ao amor que ele espera que alimentará a sua vida e preencherá os seus espaços vazios, ao invés do Amor mais amplo que o reintegraria à experiência de sua própria integridade.
Foi ensinado ao coração esperar determinadas coisas da vida e a dar determinadas coisas à vida. Neste sentido, ele é influenciado pelas atuais percepções em relação à natureza dos relacionamentos e à natureza do amor, e não mais conhece o seu próprio potencial. Ele não mais percebe a vastidão de onde veio. Tal coração, muitas vezes, passa os seus dias confinado dentro de uma pequena esfera de contato com os outros, sem perceber o seu relacionamento com o Todo maior, sem perceber o grande Coração da Humanidade que bate dentro do seu próprio.
Por conseguinte, compreensivelmente, ele se apodera da experiência de “se apaixonar” pelo outro, como a experiência central da vida, porque este evento permite que ele saiba mais plenamente do que qualquer outra coisa, o que significa estar verdadeiramente vivo.
No entanto, até esta experiência de amor que é tão profundamente comovente e enriquecedora para a vida, pode ser também um fator limitante. Ele pode limitar o conhecimento do que É o amor, acreditando que ele esteja incorporado dentro de um relacionamento, quando na verdade, a intensidade do amor, a profundidade do amor, a alegria e a ternura do amor, é parte do que significa estar vivo. Estas qualidades pertencem ao próprio Amor, e à natureza mais profunda do coração, pois ele traz a sua essência à experiência diária. Com um coração mais desperto, é possível estar profundamente apaixonado pela vida. É possível amar profundamente o seu próprio ser. É possível se tornar identificado com o amor a tal grau que se queira estendê-lo por toda parte. Estas possibilidades existem, mas devem ser despertas no coração humano. Elas existem, mas devem ser percebidas como reais. O relacionamento com um parceiro amado é uma expressão do amor ilimitado. Tal relacionamento é frequentemente selecionado entre todos os outros e pedido para compensar o ser do que está faltando no resto da vida. No entanto, o amor não é para ser confinado dentro de pequenos quartos. Pois os laços mais profundos do amor entre dois que se amam, ressoam com a grande harmonia do universo. Eles ressoam com a música da Criação. Eles fazem parte desta Criação, e podem somente encontrar a sua expressão mais verdadeira e mais completa quando experienciados como parte de um Todo maior. Na verdade, uma parceria completa no amor procurará alcançar outros – buscará se estender ao mundo a fim de abençoá-lo. Parte disto, naturalmente acontece ao trazer nova vida ao mundo – através dos filhos e da contribuição para o futuro. Outra parte acontece através da extensão do amor, diretamente – através da participação consciente no grande Círculo da Vida.
Muitos que amam hoje ainda acreditam que o amor é limitado e que não há disponível o suficiente. Portanto, deve-se concentrar em uns poucos que estão mais próximos – nos filhos, nos pais, na família e nos amigos. Esta percepção do amor está baseada em um coração que não se conhece ainda. Está baseada na aprendizagem do passado, não no que realmente é. A percepção da pequenez do coração humano surge da história da separação da fonte do Amor Infinito e do Espírito que habita em todos. No entanto, isto continua e a fonte ainda está lá. E aqueles que procuram por ela a encontrarão interiormente e poderão lhe permitir enriquecer a vida que eles levam. Pois cada ser humano mantém dentro de si mesmo uma centelha do Divino. E cada coração humano é capaz de abarcar não somente outros, mas a sua própria existência também. Este é o amor do qual o coração humano foi formado, que contém o Divino dentro do ser humano. Este é o amor que se destina a envolver a Terra, restaurar e nutrir toda a vida.
.....---ooo000ooo--......
Fonte: http://lightworkers.org/wisdom/130698/movements-heart
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário