quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Encontro com a Deusa



Em algum lugar da Ásia, neste momento, uma mulher está abrindo as palmas das mãos para estátua de uma deusa que dança desnuda, com uma guirlanda de crânios em volta do pescoço.

Em algum lugar da África, neste momento, um homem emite um som profundo no tambor, convocando a aldeia para oferecer preces à deusa da terra.

Em algum lugar das Américas, neste momento, mulheres formam um círculo e fecham os olhos, segurando a mãos uma das outras e cantarolando de lábios fechados.

Em algum lugar na cidade onde você mora, uma mulher representará hoje um ritual em homenagem à deusa. É possível que ela faça isto inconscientemente, decorando uma toalha de mesa com um desenho étnico que mostra a deusa da plantas cercada pelos animais heráldicos, ou assando um bolo especial para manter à distância a deusa do inverno. Ou talvez ela o faça de um modo consciente, medindo enquanto observa uma vela tremular, invocando o nome da deusa cuja energia deseja invocar. Ela entoa Hera, Afrodite, Ártemis ou Brigid - nomes pronunciados como suspiros ou promessas.

Em algum lugar na cidade onde você mora, um homem homenageará a deusa hoje. Ele fará isto talvez inconscientemente, invocando a energia feminina no universo e dentro de si mesmo. Ele entoa Oxum, Kuan Yin, Ísis ou Kali. Nomes conhecidos, nomes desconhecidos, que ressoam das profundezas do coração.

Talvez você seja esta mulher. Talvez você seja este homem.

Ou poderia ser.

Hoje em dia, no mundo todo, em programas de televisão, clubes literários e cursos de fim de semana, mulheres e homens falam a respeito de encontrar a deusa. Mas, na verdade, ela nunca esteve perdida. Nunca morreu; ainda esta intensamente viva. Em todo mundo, muitas religiões ainda a homenageiam com rituais e preces. E mesmo nas religiões que parecem excluí-la, a deusa encontrou maneiras de sobreviver, como santa, bodhisattva ou lider venerada. Ela também vive nos sonhos e na arte, iluminando nossa vida com os seus múltiplos significados, conduzindo-nos a uma ligação mais profunda com nós mesmos e com a terra que habitamos.

A deusa nunca se perdeu. Alguns de nós apenas esquecemos como encontrá-la.

Mas o caminho em direção a ela esta presente. Em muitas terras, ele continua a ser uma trajetória vital, percorrida por pessoas comuns à medida que avançam pela vida. Entretanto em grande parte do mundo ocidental, o caminho da deusa tornou-se praticamente invisível, totalmente encoberto por séculos de desprezo pelos rituais que a renovam e revigoram. Esse caminho esta sendo desobstruído hoje por acadêmicos e artistas, ritualistas e poetas, dançarinos e tocadores de tambor. Homens e mulheres estão buscando encontrando maneiras de regressar ao seio da Grande Deusa que é vida e morte, amor e crescimento, dança e ciclos naturais.

Não existe uma maneira exclusiva de seguir o caminho da deusa. Não existe uma única verdadeira igreja da deusa e nem um papa do movimento da deusa. Não existe um ritual único que reúna todos os crentes.

Não existem dógmas, doutrinas ou credos. Não existe uma universidade que lhe possa conferir uma credencial para homenagear a deusa, no seu coração ou em público. Não existe uma bíblia que lhe diga tudo o que você precisa saber e que restrinja o que você pode fazer.

Existe apenas você.

Você e outros como você, que se unirão para criar uma religião que homenageia a energia feminina na natureza e em nós mesmos. Alguns dizem que se trata de uma antiga religião que retornou como uma árvore fecunda que foi intensamente aparada mas que mesmo assim sobrevive. No entanto, mesmo que as raízes sejam velhas, este é um novo crescimento, um novo florescimento, um novo fruto.

Você e outros como você percorrem o caminho da deusa. Quantos vocês são? É impossível dizer, pois a jornada é de tal maneira individual que nenhuma estatistica é capaz de apreendê-la. Existem aqueles para quem a deusa é uma busca intelectual particular, que leem a respeito dela e especulam sobre o significado dela na cultura e nom mito. Existem aqueles para quem ela é um conceito emocional, uma maneira de compreender as diversas expressões do eu emergente. Existem ainda aqueles para quem ela é uma parte do ritual do dia, homenageada na meditação e na prece.

Existem também aqueles que procuram outras pessoas a quem possam se unir para invocá-la, e aqueles que a veneram na intimidade. Existem aqueles que dão consigo construindo altares de pedra e de penas sobre mesas, sem nem mesmo saber explicar o que fazem. Existem ainda aqueles que fazem uma pausa quando estão no jardim, num dia nublado, e se lembram - mas que não conseguem encontrar palavras para explicar o que recordam.

Todos trilham o caminho da deusa.

Ela esta sempre presente, proporcionando o amor, a força e o poder de que você precisa. Procure por ela no seu coração e você sempre a encontrará.



- Extraído e adaptado de "O Caminho da Deusa", de Patrícia Monaghan, Editora Pensamento.



Postado a pedido do irmão, Emerson Rocha

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